Luize Valente, autora do best-seller “Sonata em Auschwitz”, lança seu primeiro livro para crianças e adolescentes

A obra “A menina com estrela”, que conta a história de uma grande amizade vivida em um mundo dividido tem ilustrações de Gisele Daminelli e será lançada com sessão de autógrafos no dia 24 de setembro, na Blooks Botafogo/RJ.

Alma e Eva estão crescendo em meio à Segunda Guerra Mundial e são “amigas gêmeas”. Nasceram no mesmo ano, no mesmo mês, no mesmo dia, na mesma cidade, na mesma rua, com apenas algumas horas de diferença. Desde pequenas, gostam de ficar perto uma da outra, de brincar juntas e de se ajudar quando é preciso.

Mesmo tendo, como todo mundo, dois olhos, um nariz e uma boca, muita gente diz que elas são completamente diferentes uma da outra, a tal ponto de não poderem nem conviver na mesma rua, na mesma cidade e no mesmo país. Uma estrela muito antiga, que já serviu de proteção para um rei e seu exército, é um elo entre as duas. A estrela pertence a Eva, que não hesita em dá-la a Alma quando sua amiga gêmea mais precisa.

Com uma delicadeza e intensidade narrativa que vai prender jovens leitores até o fim e a precisão histórica que caracteriza sua obra, Luize Valente, autora do best-seller “Sonata em Auschwitz”, faz sua estreia na literatura para crianças e adolescentes voltando a um tema que não pode nunca ser esquecido. Em pleno século XXI, quando a humanidade ainda pratica atos de intolerância racial, social, religiosa, sexual, entre tantos outros, uma amizade como a de Alma e Eva é exemplo de resistência e coragem.

O livro é editado pela Pingo de Ouro, editora parceira da LeYa Brasil.

TRECHO DO LIVRO

“Eva perguntou, então, se não era injusto que nem todos tivessem estrela. O pai abriu a boca para responder, mas, antes que uma palavra saísse, a mãe começou a chorar e deixou a sala. Eva achou melhor não insistir. Nos últimos tempos, a mãe costumava chorar muitas vezes, do nada. Mesmo assim, o pai segurou os braços dela, não com força, mas firmemente, e lhe disse que nunca renegasse aquela estrela. Eva balançou a cabeça e prometeu que nunca a renegaria, embora não entendesse direito aquela promessa. Afinal, ter uma estrela era bom e ninguém renegava o que era bom. A estrela, então, foi costurada no sobretudo dela pela própria mãe. Era bem amarela e tinha seis pontas”.