Livro retrata Anne Frank pelo olhar de sua amiga Hannah Pick-Goslar

O livro “Minha amiga Anne Frank: a história real de uma amizade que resistiu ao Holocausto” (Buzz Editora) é um testemunho de como a amizade é capaz de superar fronteiras e unir corações em um vínculo genuíno e perene.

Em 1933, aos cinco anos, Hannah Pick-Goslar e sua família escaparam da Alemanha nazista, buscando refúgio em Amsterdã. Lá, Hannah fez amizade com uma jovem bem parecida com ela: Anne Frank, uma menina sincera e divertida. Durante alguns anos felizes, as duas foram inseparáveis, desfrutando da liberdade e da alegria da infância, dormindo uma na casa da outra e se divertindo no bairro de Rivierenbuurt.

Em junho de 1942, à medida que a ocupação nazista na Europa se intensificava, Hannah e Anne foram abruptamente separadas. Anne e a família Frank desapareceram de repente.

Enquanto Hannah se perguntava qual teria sido o destino de sua amiga, esperando que estivesse em segurança, o destino de sua própria família começou a se desdobrar diante de seus olhos. Ela, sua irmã, seu pai e seus avós foram capturados e levados ao campo de Bergen-Belsen, na Alemanha.

Em meio a condições terríveis e com o risco de morte iminente, Hannah recebeu notícias de sua amiga Anne Frank. Movida pela urgência de salvar Anne, que lutava pela vida e estava enfraquecida, Hannah se arriscou em uma tentativa de resgate.

Sobre a autora

Em 1943, Hannah, a irmã mais nova, Gabi, o pai e os avós maternos foram presos e enviados para o campo de transferência de Westerbork, nos Países Baixos, antes de serem encaminhados para Bergen-Belsen, na Alemanha. Hannah passou 14 meses no campo até ser libertada em 1945. Em 1947, emigrou para o Mandato Britânico da Palestina, pouco antes que o território se tornasse o Estado de Israel, e estudou enfermagem. Depois de se aposentar, Hannah aproveitou a companhia de seus 3 filhos, 11 netos e 31 bisnetos. Ela faleceu em 2022, aos 93 anos.