Estudo de doutorado Daniel Dahis propõe nova abordagem para o tratamento do melanoma

Atualmente, uma parcela significativa de pacientes com tumores de pele do tipo melanoma são tratados com immunoterapias – terapias que estimulam o sistema imune para este atacar células do tumor. Entretanto, uma parcela significativa de pacientes ou não responde ao tratamento, ou desenvolve resistência a esses remédios deixando assim de responder ao longo do tratamento.  Um grande desafio neste caso é saber se o remédio está sendo eficaz ou não sem ter que esperar meses até ter a resposta.

Na tentativa de solucionar este problema, Daniel Dahis e colegas recentemente publicaram um estudo no qual estudaram um método capaz de informar em tempo real se tumores do tipo melanoma estão respondendo ao tratamento de maneira simples e não invasiva.

O método consiste na aplicação de um adesivo contendo micropontos acima do tumor, que podem penetrar na camada externa da pele de maneira indolor e absorver biomarcadores tumorais. O adesivo então é “digerido” após sua retirada e os biomarcadores são quantificados por um método ultra-sensível. Assim, pode-se inferir ao longo do tempo se os tumores estão respondendo ou não ao tratamento.

Por exemplo, durante o estudo, os pesquisadores notaram que àqueles camundongos que melhor reagiram ao tratamento feito com as terapias que foram usadas – ultrassom focalizado para queimar parte do tumor e nanopartículas que ativam células imunes que estão dormentes – apresentavam uma elevação considerável de biomarcadores em comparação com os grupos controle. Essa estratégia pode potencialmente ajudar a tomada de decisão de médicos na busca de tratamentos personalizados mais efetivos para cada paciente.

O estudo foi publicado na prestigiosa revista científica Advanced Functional Materials e é fruto do doutorado de Daniel Dahis que foi uma colaboração entre o Technion em Israel e a escola de medicina de Harvard, em Boston.