Denúncias de antissemitismo no Brasil crescem 1.000% após a guerra em Israel

Em outubro, a Confederação Israelita do Brasil detectou 467 casos de mensagens em redes sociais ou eventos públicos ofensivos ao povo judeu, ante 44 ocorridos no mesmo período de 2022, um aumento de 1.061%.

Neste sentido, uma série de notícias-crime têm sido apresentadas aos Ministérios Públicos Federal e Estaduais e delegacias especializadas em crimes raciais e de intolerância em todo o Brasil.

São mais de 40 advogados atuando no trabalho de redigir e apresentar as notícias-crime a partir da identificação do que pode ser caracterizado como crime de preconceito.

A advogada Andrea Vainer, diretora da Conib, afirma: “Estamos tratando aqui de pessoas que fazem analogia ao nazismo e a Adolf Hitler, ou que atacam de forma preconceituosa e generalizada o povo judeu”.

Mobilização

Além da atuação dos advogados, integrantes da comunidade judaica têm compilado casos de discursos de ódio e intolerância contra judeus para embasar as denúncias jurídicas.

Virna Wulkan, uma das voluntárias que atua no monitoramento de redes sociais, acrescenta: “É importante que as pessoas saibam diferenciar políticas de um Estado ou de um governo de um povo. Há judeus que são críticos às políticas do Estado de Israel, não só não é justo como é criminoso fazer comentários e ataques à comunidade como um todo”.

Em Nova York, o Antisemitism Cyber Security Monitoring System havia detectado um aumento de 1200% das postagens preconceituosas contra judeus na primeira semana após o início dos conflitos, percentual próximo do percebido no Brasil.

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