Cientistas israelenses fazem avanços sobre Alzheimer

Pesquisadores do Instituto Technion, em Haifa, descobriram o mecanismo que causa o acúmulo de proteínas envolvidas no desenvolvimento da doença. Os resultados foram publicados na Nature Communications.

A doença é comumente dividida em dois tipos – familiar e esporádica. A primeira é causada por mutações genéticas. Já a esporádica mais prevalente foi o foco do estudo.

O mecanismo de acumulação em pacientes familiares é claro porque existe uma ligação óbvia entre as mutações conhecidas e as proteínas que se acumulam. Na esporádica, por outro lado, o gatilho para o acúmulo de proteínas é desconhecido. Como especialistas em proteínas, o grupo de pesquisa propôs que o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro se deve a uma interrupção no mecanismo de depuração de proteínas, também conhecido como sistema ubiquitina-proteassoma.

Para testar a sua hipótese, o grupo estabeleceu um sistema modelo de neurônios humanos que lhes permitiu examinar o envolvimento do sistema da ubiquitina no desenvolvimento da doença. No artigo publicado, descrevem os seus resultados: danos no sistema da ubiquitina levam à acumulação de proteínas tóxicas mesmo em tecidos saudáveis, mimetizando a patologia típica da doença de Alzheimer.

A descoberta dos investigadores é importante porque destaca a importância do sistema da ubiquitina na eliminação de proteínas defeituosas para manter a saúde celular. A interrupção deste sistema pode levar ao desenvolvimento de doenças. Além disso, a engenharia dos investigadores de uma molécula de ARN que silencia especificamente um dos componentes do sistema da ubiquitina e melhora a patologia no seu modelo experimental sugere que esta molécula de ARN poderia servir como um protótipo para o desenvolvimento de tratamentos eficazes.

Fonte: Jewish Business News / Israel Trade