A reação de Israel ao ataque terrorista do Hamas é adequada? SIM!

O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e o presidente executivo da instituição, Marcos Knobel e Ricardo Berkiensztat, respectivamente, assinaram artigo sobre este tema na Folha de S.Paulo. Leia:

Israel tem cerca de 9 milhões de habitantes e abriga metade da população judaica mundial. O ataque do dia 7 de outubro foi o pior e mais bárbaro contra o povo judeu desde o Holocausto.

Esses 1.400 israelenses equivalem proporcionalmente a cerca de 30 mil brasileiros. Se 30 mil brasileiros fossem mortos barbaramente por terroristas, qual seria a resposta “adequada” do Brasil a quem promoveu a matança?

E mais: os terroristas invadiram o país torturando, matando e sequestrando quem aparecesse pela frente, com especial crueldade. Bebês, crianças, mulheres, idosas. Pais foram torturados diante de filhos antes de serem mortos e vice-versa. Famílias foram queimadas vivas. Bebês foram degolados. Num festival de música, os terroristas dispararam contra jovens de várias nacionalidades, inclusive brasileiros. Moças foram estupradas antes de serem mortas. Muitos foram sequestrados e levados em parada para jubilante recepção em Gaza.

Perguntamos de novo: qual deveria ser a reação adequada do Brasil se 30 mil brasileiros tivessem sido mortos nessas condições? O que o Brasil deveria fazer contra o grupo responsável? Qual seria uma resposta “adequada”? A de Israel é eliminar esse grupo. Não há alternativa, infelizmente.

É preciso entender a profunda angústia dos judeus no mundo, inclusive no Brasil. Estamos, mais uma vez, diante da ameaça de extermínio em massa. E mesmo assim há aqueles que querem condenar antes de tudo Israel (e os judeus), pedir equilíbrio, proporcionalidade. Muitos ainda apoiam ou “compreendem” o Hamas (o que dá no mesmo).

Apoio aos terroristas, à relativização de seus atos, à equiparação da democracia israelense ao Hamas nos ofendem e nos deprimem quase tanto quanto o massacre, pois apontam para um horror sem fim.

O contexto do conflito é longo e não cabe neste texto (infelizmente, pois está quase sempre ausente da cobertura). Resumindo muito: a ONU determinou em 1947 a divisão da região em dois Estados, um judeu e um palestino. Os árabes rejeitaram a partilha e atacam Israel desde então. Governaram Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental de 1948 a 1967 (e não criaram um Estado palestino!).

Aliás, desde 2005 não há mais ocupação de Israel em Gaza, quem ocupa Gaza é o Hamas, que a transformou em base para perseguir o extermínio de Israel (o que é dito pelo próprio Hamas).

A máquina de morte do Hamas se alimenta da boa-fé de muitos, que se colocam contra ações de Israel por razões humanitárias. Mas a melhor coisa para o bem de Gaza é a deposição do Hamas. É o Hamas que traz morte e destruição a Gaza, inevitáveis quando Israel responde a suas atrocidades. O Hamas usa a população de Gaza como escudo humano. A morte de civis palestinos é parte fundamental de sua estratégia militar.

Depois do morticínio promovido pelo Hamas, questionar o direito do Estado judeu se defender é mais um doloroso ataque aos judeus, quase todos com laços e entes queridos em Israel.

Por isso, fica a sugestão para uma próxima pergunta nesta página: 1) O Hamas merece ser deposto e seus líderes, julgados por suas atrocidades? 2) O antissemitismo e o antissionismo são faces do mesmo mal? 3) O Brasil deveria qualificar o Hamas como terrorista?

Questionar o direito de Israel de se defender é questionar o direito de Israel (e do povo judeu) de existir.