Webinar de estudantes judeus é invadido por antissemita

À medida que o coronavírus se espalha pelo mundo, escolas e universidades estão cada vez aderindo ao ensino online à distância por meio de aplicativos como o Zoom. Mas a mudança deixou as reuniões suscetíveis ao “zoombombing” por antissemitas.

De acordo com a Liga Anti-Difamação (ADL), um webinar sobre antissemitismo realizado na semana passada por um grupo de estudantes judeus de Massachusetts foi interrompido por um homem que invadiu a tela e “puxou a gola da camisa para baixo para mostrar uma tatuagem de suástica no peito. O Center on Extremism analisou uma captura de tela do homem e acredita que ele é Andrew Alan Escher Auernheimer, um conhecido supremacista branco e hacker”. Ele já havia sido condenado a 41 meses em prisão federal, onde cumpriu pouco mais de um ano por acusações federais relacionadas a hackers.

A NBC News noticiou que, na semana passada, durante uma aula de Torá do rabino Asher Weiss, “alguém invadiu a transmissão e gritou: ‘Hitler não fez nada errado’. “Logo depois, alguém fez uma experiência em Zoom com uma imagem de uma criança segurando ‘Mein Kampf’ e pessoas na ligação começaram a gritar ‘Heil Hitler'”. Em Thousand Oaks, na Califórnia, uma reunião online do conselho escolar foi interrompida com uma suástica.

“Embora alguns desses incidentes relatados como Zoombombing possam ser atribuídos a trolls da Internet, existe a preocupação de que extremistas possam explorar a crescente dependência da tecnologia de videoconferência para atingir determinados grupos ou avançar suas mensagens de ódio”, afirmou a ADL.

A organização publicou um documento que explica como evitar o Zoombombing. Entre as dicas: desative bate-papos com salvamento automático e compartilhamento de tela para não-hosts; use ID por reunião, mas não ID pessoal; desabilite “Entrar antes do anfitrião”; e ative “Sala de espera”. Depois que uma reunião do Zoom é iniciada, a ADL recomenda atribuir pelo menos dois co-anfitriões.