Startup israelense apresenta máscara de proteção anti-Covid

A startup israelense de inovações médicas ViriMASK patenteou uma máscara para filtragem submicrônica de ar que viabiliza o uso prolongado e atinge um nível de proteção anti-Covid capaz de viabilizar o fim do isolamento. Seu filtro garante o bloqueio de 99,25% das micropartículas existentes no ar externo e impede a contaminação de terceiros por parte do usuário.

Em Israel, a máscara está sendo proposta como um “equipamento de isolamento móvel” por proporcionar vedação para a boca, nariz e olhos, sem deixar espaço para a circulação do vírus nas partes sensíveis do rosto.

Até o momento, o máximo de retenção alcançado pela indústria para máscaras de uso cirúrgico fica no limite de retenção de 99%, mas os modelos vigentes não trazem a proteção óculo-nasal.

A máscara pode ser higienizada, o que permite que seja compartilhada. O chassi original tem durabilidade por tempo indeterminado, enquanto que o filtro só necessita ser trocado a cada 60 horas de uso. Com isto, além de atender a linhas de frente como ambulatórios, hospitais clínicas e centros cirúrgicos, a máscara se ajuda as empresas que necessitam proteger grupos de usuários em diferentes situações, tais como passageiros aéreos e operários de ambientes de risco.

O projeto de design eliminou vãos existentes nas bordas das máscaras convencionais que servem de entrada e saída para o vírus. Seu nível de ventilação é cinco vezes superior ao da N95 ou da N99, com fluxo livre de ar, apesar da filtração rigorosa, e sem comprometimento da fala. Nas máscaras convencionais, o represamento do fluxo nasobucal provoca a retro respiração de gás carbônico, gerando sensação de estresse e dores de cabeça num uso mais prolongado.

O cientista Noam Gavriely, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da ViriMASK, é professor do Technion – Instituto de Tecnologia de Israel – e especialista em fisiologia respiratória. Ele participou da comissão que criou as máscaras anti-gás de uso urbano distribuídas pelo Exército para toda a população Israelense a partir das ameaças de armas químicas à época da Guerra do Golfo.

Ele explica que a máscara foi criada inicialmente visando a comunidade médico-hospitalar envolvida no combate à pandemia. “Entendemos que as máscaras N95 não são suficientemente seguras para um vírus tão pequeno como o Covid. Em um ambiente contaminado, o nível de proteção que oferece é insuficiente”, explica o cientista. A máscara, após ser adotada no segmento hospitalar israelense, seguiu para Europa, África, EUA, América Latina e Austrália.

Segundo ele, apesar do preço inicial maior, no médio prazo as novas máscaras, computando as trocas de filtro, terão um custo final 50% menor do que as máscaras N95/N99 (que são descartadas pelo usuário após 4 horas de utilização).