Em agosto, um dos principais acontecimentos no Eliezer Max foi a realização da segunda edição da Escola de Pais, agora ampliada para Escola de Pais e Filhos. Com o tema “Qual a relevância da educação para as crianças e jovens de hoje visando a construção da sociedade do futuro?”, o evento promoveu palestras com convidados internacionais, mesa redonda com profissionais de diversas áreas e debates com a participação de jovens.
Thelma Polon, diretora pedagógica da escola, faz uma importante análise sobre os objetivos, resultados e desdobramentos do evento.
“A Escola de Pais e Filhos desse ano veio num contexto em que estamos debatendo e conversando muito sobre as mudanças na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Este evento é parte de um projeto maior e que está sendo prioridade da equipe pedagógica nesse ano de 2019, que é levar aos pais e alunos informações sobre educação e sobre o processo de implementação da nova BNCC. Ao longo do primeiro semestre, realizamos encontros com as famílias de todos os segmentos e, na Escola de Pais e Filhos, propusemos um aprofundamento no assunto, falando também sobre o que está acontecendo no mundo e sobre as tendências de mudança na vida, no trabalho e na sociedade.
Além da qualidade das apresentações e debates entre os profissionais convidados, um dos pontos altos do evento foi o debate “O que aprimorar no Projeto Eliezer Max para a formação dos jovens de hoje para a sociedade do futuro?”. Aproximadamente 60 jovens lotaram o Cinemax e responderam a três questões: o que gostariam que a escola mantivesse em seu projeto pedagógico; o que já seria dispensável e o que eles acham que a escola poderia começar a fazer para se constituir realmente como uma escola relevante para a formação e para a vida deles. O que nos impressionou muito foi a capacidade desses jovens de se colocarem. Como resposta à primeira pergunta, eles falaram do valor dessa escola, de tudo que essa escola agrega à formação deles do ponto de vista humano e relacional, da abertura para a vida, do olhar crítico para o que está acontecendo no mundo. Isso a gente precisa continuar. Para eles, tudo que vale a pena minimizar tem a ver com aspectos mais práticos, ligados a avaliações, que são mais conteudistas e que certamente sempre temos que aprimorar.
E, no ponto de vista dos jovens, o que mais a escola poderia fazer já está muito em linha com nosso entendimento e planejamento: ofertar mais matérias eletivas, trazer mais opções de assuntos para que eles possam escolher, estar mais em sintonia com o mundo lá fora – não em uma perspectiva de profissionalização, mas para que os alunos consigam se situar melhor e comecem a pensar em áreas de conhecimento e campos de atuação profissional e não só em carreiras, experimentando um pouco disso na escola.
E o que vem depois dessa Escola de Pais e Filhos? Quais são as nossas tarefas? Agora, precisamos redesenhar o currículo para as etapas finais da nossa educação básica. Vamos planejar 2020 considerando a necessidade de eventualmente mexer na grade curricular abrindo espaço para novos conteúdos que sejam mais relevantes para essa formação. Alguns temas já foram prototipados em 2019 e estão se colocando como importantes de serem mantidos: iniciação científica e educação financeira, por exemplo. Outro ponto importante é estender as tecnologias criativas para as séries posteriores, que ainda não tiveram muito acesso a elas. E isso faz todo o sentido, uma vez que o currículo maker, mais do que uma proposta de “mão na massa”, se constrói em camadas. Desde como olhar para a realidade, e extrair um problema para o qual se queira buscar uma solução, a aprender a fazer o planejamento de um projeto, prototipar soluções, trabalhar colaborativamente. Mais do que nunca, temos que levar isso para os alunos mais velhos e nossa meta, a partir de 2020, é fazer uma implantação progressiva para o 9º ano e para a 1ª série do Ensino Médio.
A Escola de Pais e Filhos não foi um acontecimento isolado na vida da escola. Foi um evento pensado para dar mais um passo em direção a essa escola que a gente quer construir e aprimorar para 2020 e para o futuro.
Que venham as próximas!”
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