Ex-campo de concentração de Buchenwald presta homenagem virtual às vítimas do nazismo

Setenta e cinco anos após a libertação de Buchenwald, o memorial do campo de concentração foi forçado a cancelar seus eventos por causa da epidemia de Covid-19, mas prestou uma homenagem virtual às vítimas do nazismo.

O site também transmite testemunhos de sobreviventes do campo.“Nem todo mundo pode ser um herói, um político, um filósofo, um altruísta. Mas todos podem respeitar a dignidade de qualquer outro indivíduo ou estender a mão para alguém em perigo”, escreveu Jack Unikoski, sobrevivente polonês de 93 anos que vive atualmente na Austrália.

“Sejam gentis e tolerantes com os outros. O ódio de um grupo pode se espalhar rapidamente para os outros. A lição foi dura e também pode acontecer com você”, afirmou Chava Ginsburg, húngara de 90 anos que sobreviveu a Auschwitz, Bergen-Belsen e ao campo feminino de Markkleeberg, dependente de Buchenwald.

Entre sua criação em 1937 e sua libertação em abril de 1945 por seus próprios prisioneiros, cerca de 56.000 pessoas morreram em Buchenwald e mais de 20.000 em Dora, criado em agosto de 1943 como uma dependência do primeiro e destinado à fabricação de mísseis V2.

Em um site acessível em alemão, inglês e francês, o memorial também publicou uma “Declaração da Turíngia”, na forma de uma petição em “defesa da democracia e dos direitos humanos.O racismo e o antissemitismo se espalham abertamente e levam a atos de violência na Alemanha, o que seria impensável há alguns anos.À luz da memória histórica, está claro que os venenos devastadores de ontem são mais uma vez aclamados como panacéia”.